Enquanto afirmou que bancava de seu próprio bolso a apresentação em trios sem cordas em carta aberta ao Presidente da República, Daniela Mercury, por intermédio da CALIFORNIA APRESENTAÇÕES E EDIÇÕES ARTÍSTICAS LTDA, recebeu um dos cachês mais altos da Empresa de Turismo de Salvador (Saltur), ligada à Prefeitura de Salvador.
Para se apresentar no dia 28 de fevereiro de 2019, no Circuito Dodô, no Carnaval 2019, a cantora recebeu R$ 230 mil reais.
Além do cachê pago pelo governo estadual, normalmente os artistas recebem valores provenientes de patrocínios privados.
E esta é a razão da insatisfação de Daniela Mercury, insatisfação implícita na carta aberta ao Presidente.
É que os patrocínios privados provavelmente seriam bancados com verba pública federal (lei rouanet), o que não foi permitido neste ano.
O que normalmente ocorria era a apresentação do projeto carnavalesco ao Ministério da Cultura e, se aprovado, o artista sai em busca de patrocínio das empresas privadas que, obviamente, faturam com a festa carnavalesca (tipo empresa de bebida).
Se as empresas não querem acrescentar esta despesa ao custo do produto (do artista), para Daniela Mercury não basta o recebimento de cachê do governo estadual ou municipal, quer também o recebimento de cachê do governo federal travestido de lei rouanet.
Leia mais sobre este assunto: https://oglobo.globo.com/rio/claudia-leitte-daniela-mercury-tem-maiores-caches-do-carnaval-de-salvador-veja-os-valores-23502961
Como se vê, não é verdade que Daniela Mercury nada ganha com suas apresentações em trio sem cordas.
Agora imagine um lixeiro trabalhando debaixo de chuva, vento, etc..., recolher todo o lixo do carnaval, para ganhar um pouco mais de um salário-mínimo para viver no final de um mês inteiro de trabalho...
Poupe-nos de sua ganância, Daniela Mercury.
Creio que R$230 mil reais para ela gritar encima de um trio elétrico por um único dia, tá bom demais, né?
Vai catar latinhas, Daniela Mercury, para ver quanto dói ganhar por um dia inteiro de trabalho!
